fotografia: Samy Lansky

Categoria: praças e parques infantis
Entidades promotoras: Secretaria Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte / Associação Municipal de Assistência Social (AMAS)
Proposição e cocoordenação do processo participativo: Samy Lansky
Projeto arquitetônico: Samy Lansky
Mobilização social: : Secretaria Municipal de Assistência Social de Belo Horizonte
Mobilização, projeto arquitetônico e obra: 2000 – 2001
Pesquisa etnográfica: 2004 – 2006
Local: Bairro Independência, Regional Barreiro, Belo Horizonte – MG

A Praça Jerimum sofreu intervenção socioespacial como resultado do programa “Ao ar livre” (LANSKY, 2000) / “Se essa Praça fosse minha’ da Secretaria Municipal de Assistência Social (PBH, 2001) que tinha como objetivo a criação de espaços de lazer e convivência focados nas crianças e suas famílias, moradoras em áreas de vulnerabilidade social. Foram realizadas 5 Praças a partir deste programa e o arquiteto Samy participou desse processo como arquiteto paisagista, criador dos brinquedos e no desenvolvimento da metodologia de participação comunitária. Crianças e suas famílias participavam dos encontros em que foram debatidas sugestões para o projeto da Praça por meio de intervenções textuais em mapas e desenhos.

A partir da análise dos resultados dos encontros, foi elaborado o estudo preliminar para o projeto arquitetônico. Os passeios e a rua propriamente dita, além da rotatória, foram considerados área de lazer. A obra de urbanização anterior à transformação do local em praça transformou-o em retorno dos automóveis. No entanto, como a circulação de automóveis ali é relativamente pequena, foi possível o tratamento de todo o espaço como espaço de lazer, incluindo as caixas de rua e os passeios. A prioridade, porém, foi dada ao uso dos moradores como área de convívio. Foram instalados mesas para jogos, bancos, barras de ginástica, brinquedos, piso em borracha reciclada, iluminação, área verde, melhoria dos acessos às casas, recuperação das fachadas e a confecção de painel de mosaicos de cerâmica colorida com desenhos de crianças. 

A Praça foi inaugurada em 2003 e em 2005 o arquiteto retorna à Praça para a pesquisa de mestrado em Educação, cujo objetivo foi investigar as formas de apropriação da Praça pela comunidade. Para isto, permaneceu durante um ano observando os usos que o espaço recebia, crianças, adultos, brincadeiras, etc.