Udon Belvedere


fotografia: Jomar Bragança

Categoria: bares e restaurantes
Cliente: Udon Belvedere
Ano: 2017-2018
Local: Belo Horizonte – MG
Área: 450m²

Projeto de arquitetura de interiores para restaurante de culinária japonesa.
O restaurante Udon de culinária japonesa, de aproximadamente 450m² foi projetado para ocupar um espaço comercial embaixo do edifício do hotel Caeser Business na cidade de Belo Horizonte. Ele atende tanto aos hóspedes quanto ao público externo e é filial de outro restaurante da mesma rede, também projetado por nosso escritório no bairro de Lourdes, da mesma capital. O tema trabalhado foi o da cultura japonesa é claro, mas não poderíamos deixar de pensar no visitante que chega a Belo Horizonte e procura conhecer um pouco da cultura local, mesmo que de forma subliminar. Essa foi a ideia que norteou o uso da pedra sabão em vários pontos do restaurante. Um material típico de Minas Gerais e pouco usado em arquitetura contemporânea. Procuramos trabalhar com várias texturas diferentes da pedra e com diferentes tratamentos de impermeabilização.
O uso de materiais naturais, tão característico da arquitetura japonesa, pôde ser representado no projeto por essas superfícies em pedra sabão provenientes de Mariana, como também pela presença dramática da estrutura de bambus que fica pendurada no grande pé direito do salão do bar. Esses bambus foram produzidos pela Cerbambu de Ravena, projeto social conduzido por Lúcio Ventania com primor. Eles desempenam, tiram seiva e enceram os bambus para que eles fiquem com essa aparência natural.
Podemos dizer que o restaurante se divide em três áreas distintas: o salão do bar, ou Izakaya; o salão central do sushi bar próximo à entrada e o salão posterior, mais interior ao hall do hotel. Cada um deles foi pensado de forma diferente, tanto em uso, como em ambiência. O bar, ou izakaya tem um como protagonista o balcão central onde os clientes podem conversar e interagir sob a proteção da grande estrutura de bambus que pende do teto. Esse local é o espaço da interação entre pessoas e também com a rua, vista a partir da grande esquadria da fachada.
O segundo espaço é central e guarda proximidade com o coração da casa: o balcão da cozinha fria, principal atração culinária dos restaurantes japoneses. Ali a ação é comandada pelo sushiman e chef Marcelo San que pode ser visto preparando os pratos no balcão aberto para o salão central. O balcão, em madeira maciça tipo teca, tem em sua porção superior a cortina em tecido de índigo japonês, presa à barra de tubo em latão natural.
O terceiro espaço, mais interior ao hall do hotel é conformado pela divisória de madeira e pelos sofás estofados. Uma cortina confere o aspecto mais intimista a esse espaço. Nele também foi projetada uma estante com reminiscências japonesas, mas que agrupa uma coleção de vasos e objetos de pedra sabão contemporâneos, criados pelo estúdio Alva de belo horizonte também. Na lateral que faceia o hall do hotel foi projetada a adega de vinhos e saques que pode também ser vista a partir do hall do hotel.
A entrada e sala de espera do restaurante tem o piso em pedra sabão plana (na área das poltronas e em lajes de pedra sabão no acesso do cliente, piso esse completado com pequenos seixos de pedra calcárea, remetendo à imagem do jardim japonês de pedras.